domingo, 22 de abril de 2012

Bicicletada Nacional alerta para o respeito à vida





“Não há cidadão brasileiro que não tenha perdido um ente querido e próximo, no trânsito”. Desse modo, a cicloativista Renata Falzoni revela o sentimento dos participantes da Bicicletada Nacional realizada no dia 06 de março. A manifestação teve como objetivo alertar para a importância do uso da bicicleta e do respeito à vida.
O evento previa a participação de ciclistas em 39 cidades brasileiras. No entanto, a mobilização realizada através de redes sociais também contava com o apoio de ciclistas em Caracas, na Venezuela. A bicicletada teve caráter excepcional, após a morte de cinco ciclistas atropelados (em São Paulo, Distrito Federal, Pará, Pernambuco e Santa Catarina) quatro dias antes. Para Falzoni, “essas mortes de trânsito não são acidentes, elas são fruto de descaso com o espaço público”.
Em São Paulo, cerca de 800 pessoas estavam reunidas na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Dentre os participantes, o engenheiro Eduardo Merheje acendeu velas brancas no local, em memória às mortes de ciclistas no trânsito. “Nós estamos nos tornando reféns em todos os aspectos, agora, reféns de mortes, não dá mais”, disse.
De acordo com a ciclista Melina Prestes, movimentos parecidos promoveram mudanças nas políticas de mobilidade urbana em cidades europeias como Copenhague, na Dinamarca. Por isso, ela acredita que a Bicicletada Nacional também poderia influenciar o planejamento urbano do país. “Essas revoluções já aconteceram em outros lugares, acho que chegou a vez da gente fazer isso aqui no Brasil”, afirma.

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